Palavra do Presidente

FEAAC: pioneira na defesa dos direitos da Mulher

A nossa sociedade avançou muito em diversos quesitos, no entanto, há ainda uma ampla necessidade de desenvolvimento e crescimento nas questões racial, desigualdade e, principalmente, respeito com as mulheres. Atualmente, a violência é o fator que mais incomoda nossa sociedade. Vemos a violência presente nas ruas, nas escolas e, a mais grave, dentro do lar.

Além da violência doméstica, outro tipo de violência que ‘agride’ nossa sociedade é a vivenciada por nossas trabalhadoras e nossos trabalhadores devido ao excesso de jornada de trabalho e à falta de respeito aos direitos trabalhistas conquistados com muita dificuldade. Isso porque no nosso País, os empresários enxergam somente os lucros de sua empresa, se esquecendo de suas obrigações sociais. Obrigações estas que não devem ser mascaradas com a participação em projetos sociais desenvolvidos por veículos de comunicação. A obrigação social do empresário deve iniciar dentro de sua empresa, atendendo e respeitando o direito mínimo das trabalhadoras, sem o abuso da jornada, pagando um vale refeição para uma alimentação adequada e concedendo o tempo de descanso às trabalhadoras.

Hoje, por estarmos à frente da CNTC junto com o companheiro Levi Fernandes Pinto, temos enfrentado não somente a questão dos Empregados de Agentes Autônomos, mas também as questões que abalam o comércio em geral e toda a categoria dos Comerciários e Serviços. É lamentável que ainda tenhamos em nosso País grandes empresas que, para aumentar seu lucro, obrigam as operadoras de caixas dos supermercados a trabalharem com fraldão, impedindo as trabalhadoras de irem ao banheiro. O mais lamentável é isso ocorrer na Capital Federal (Brasília), ‘de baixo dos olhos’ do Ministério do Trabalho. Isso nos choca e temos, FEAAC e CNTC, procurado fazer um trabalho nacional em defesa das mulheres, buscando denunciar e resolver estas questões. Questões de caráter humano, pois precisamos nos tratar como seres humanos.

Hoje, as mulheres são as maiores vítimas desta loucura causada pelo consumismo, na qual as empresas querem trabalhar sábado, domingo, feriados e no período noturno, buscando mais lucro e as mulheres deixando de ter o convívio familiar, de estar próximas de seus filhos. E ninguém percebe que isso abre espaço para que a violência adote estas crianças ausentes de pai e mãe.

E a FEAAC, vem mostrando ano a ano o seu compromisso na defesa dos direitos das mulheres, trazendo pessoas com conhecimento para que possam nos ajudar a orientar mulheres, trabalhadoras e dirigentes sindicais, nos permitindo tornar nossa Federação em uma entidade forte. Estaremos sempre à disposição daquelas pessoas que têm como propósito alertar a sociedade deste risco grande que a gente enfrenta com o crescimento da violência.

Não podemos nos calar diante da violência e de qualquer discriminação, não há mais espaço para isso no mundo de hoje. E só terminará ao tomarmos coragem de denunciar e enfrentar. Para isso existem os Encontros Regionais e Estaduais da categoria, para isso existem as entidades sindicais para apoiar as trabalhadoras. Somos porta vozes dos trabalhadores, mas é necessária a participação de todos, buscando os sindicatos e se integrando a nossa luta para que possamos extirpar de uma vez por todas com a violência contra as mulheres.

*Lourival Figueiredo Melo: presidente da FEAAC, diretor Secretário da CNTC e presidente do SEAAC de Santos e Região

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