DINHEIRO TEM, O QUE FALTA É VERGONHA NA CARA E ALGUÉM PARA PUNIR OS BANDIDOS.

Nesta semana assistimos a um farto noticiário sobre a ética e seus questionamentos. Primeiro um senador da República fez sérias acusações, nada mais nada menos, ao seu próprio partido político r a várias autoridades deste País.
Foram acusações que, no mínimo, deveriam ser respondidas pelos acusados, que preferiram se calar e esperar o Carnaval chegar para que as noticias percam a sua força
Outros tentaram responder buscando desqualificar o Senador, mas não deram provas de que a sua fala não seja verdadeira.
Alguns fatos mencionados pelo Senador deveriam servir de alerta à toda a sociedade brasileira, como por exemplo a forma como alguns políticos transformaram a política brasileira em um imenso balcão de negócios, o que é lamentável.
Mas não é só na política que tivemos noticias ruis e lamentáveis. Isso também ocorreu no esporte brasileiro. As pessoas não dão conta do montante de dinheiro que está circulando neste meio, e que tem servido a algumas pessoas que detêm o poder em clubes, federações, confederações e Comitê Olímpico. E muito mais dinheiro será distribuído com a proposta do Brasil de sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
Só com as campanhas para tentar trazer esses eventos para o Brasil já foi gasto muito dinheiro do povo brasileiro, que vai faltar para investimentos em educação, saúde e habitação.
Até hoje existem perguntas sem respostas: qual foi o custo real do Panamericano, na cidade do Rio de Janeiro, e a quem serviu o dinheiro gasto com o referido evento?
Outro fato escandaloso foi a loteria que inventaram para ajudar os clubes, cujos dirigentes não prestaram contas e não pagaram a previdência social. O governo ajuda os devedores com dinheiro público e com a ilusão do prêmio tira do trabalhador o pouco dinheiro que ele tem.
Quem se beneficia da referida loteria além do ex-atleta que fez publicidade da mesma? Ninguém, pois vejam a situação ocorrida no Rio de Janeiro, quando funcionários do Clube de Regatas Vasco da Gama tiveram que protestar, pois eles não recebem salários há três meses.
É triste ver o depoimento dos funcionários – que prestaram seus serviços ao clube e aos seus associados -, como o de um faxineiro: “Tem gente sem gás em casa, outros estão sofrendo ação de despejo”. Outro funcionário fala que tem cinco filhos e pergunta: “Como vou comprar o material escolar?”. Tem funcionário que não recebeu o vale transporte e não consegui ir ao trabalho, como o roupeiro do time de juniores, que recebe R$ 900,00.

Esta é a real situação dos clubes e entidades esportivas deste País e não o que as redes de televisão e rádios mostram, ao apresentarem ao público só os grandes craques, aqueles que recebem milionários salários.
Tanto na política quanto no esporte, o que se nota é que tem muito dinheiro em jogo, mas na mão de poucos, e que não existe ninguém disposto a punir os que se utilizam da corrupção para ganhar esse dinheiro indevidamente. Acaba sobrando sempre para o trabalhador mais humilde deste País pagar a conta dessas farras.

Lourival Figueiredo Melo
Presidente

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